Os efluentes líquidos industriais e esgotos sanitários contêm muitas substâncias poluentes que alteram a qualidade da água do arroio, rio ou lago que o recebe prejudicando o ecossistema. Por essa razão, o gerador deve ter o cuidado de devolver para o recurso hídrico uma água com a melhor qualidade possível a fim de minimizar os impactos negativos e atender a legislação.

Significa remover eficientemente sólidos orgânicos e inorgânicos (grosseiros, suspensos e dissolvidos) contidos na água poluída. Como resultante desse processo ter-se-á o efluente tratado e resíduos sólidos que devem receber atenção adequada.

Para realizar o tratamento de efluente é preciso conhecer o processo industrial onde é gerado e caracterizar o efluente por meio de uma análise físico química.

Não. A escolha do equipamento varia muito com o tamanho de sólidos a serem removidos e a qualidade do efluente. Pode haver a combinação de mais de um tipo de equipamento, como grades e peneiras ou peneiras e microfiltro.

Não. É preciso calcular um tempo de retenção para que os efluentes de diferentes concentrações sejam misturados da melhor forma possível para maior facilidade do tratamento seguinte e com menores custos.

O misturador mais indicado depende do tipo e qualidade do efluente. Podem ser do tipo mecânico ou com ar comprimido.

Misturador de pá de 30 a 40 rpm.

Tanque de mistura: misturador de hélice de 850 rpm Tanque de floculação: misturador tipo paletas verticais de 5 a 7 rpm.

A principal função da ponte raspadora é a remoção contínua de lodo. Por esse motivo os decantadores cilíndricos com ponte raspadora são muito usados em sistemas de lodos ativados, para que o lodo não sedimente e permaneça dentro do decantador. Esse lodo deve ser removido de forma contínua. Decantadores cilíndricos sem ponte raspadora necessitam de cuidados diferenciados.

Para definir o melhor equipamento é preciso saber quais tipos de lodo são gerados na ETE, sua origem e volume. Também é preciso levar em conta o espaço físico disponível para instalação dos equipamentos. Além disso, muitas vezes é preciso testar o lodo em equipamentos pequenos e disponibilizados pelos fabricantes, para verificar qual o mais adequado para cada situação.

No Estado do Rio Grande do Sul é preciso entrar no sistema SOL www.sol.rs.gov.br , entrar com CPF e senha do gov.br (para simular pode ser usado dados de qualquer pessoa física), ir em Solicitações e depois em Simular. Após preencher com os dados da atividade, porte, tipo de licença, município e responder as perguntas do site, clicar em ok. O sistema dará a resposta se a atividade é licenciável, se deve ser realizada via SOL da FEPAM ou no município indicado na simulação. Em outros Estados da Federação é necessário verificar em cada órgão estadual licenciador. Seguem alguns links: Santa Catarina: http://sinfatweb.ima.sc.gov.br/ Paraná: http://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Como-solicitar-minha-licenca São Paulo: https://cetesb.sp.gov.br/licenciamentoambiental/ Minas Gerais: https://www.mg.gov.br/servico/obter-licenca-ambiental Pernambuco: http://www2.cprh.pe.gov.br/licenciamento-ambiental/introducao/

Para ajuste do pH: ácido sulfúrico, soda cáustica, cal hidrata. Coagulantes: sulfato de alumínio isento de ferro, policloreto de alumínio, cloreto férrico, sulfato de alumínio e ferro, coagulante orgânico à base de tanino.

Não. A cal calcítica é a mais indicada para tratamento primário. O uso de cal dolomítica só é indicada para condicionamento do lodo gerado antes da prensagem e filtro prensa.

Sim. O coagulante a base de alumínio pode aumentar ligeiramente a toxicidade dos efluentes, principalmente se a dosagem no decantador secundário ou no tratamento terciário não for bem controlada.

Tanto para coagulante em pó, como para cal hidratada e polímero, o melhor tipo de misturador é o de pá com rotação de 30 a 40 rpm. Para o coagulante em pó e polímero é importante iniciar a preparação uma hora antes do uso.

Verifique primeiramente se não está ocorrendo excesso de dosagem de floculante. Verifique também se não houve o uso de solventes ou graxas em maior quantidade na produção. Pode também ocorrer a entrada de ar ou formação de vácuo na tubulação de sucção e que necessite de alteração.

Verifique se a remoção do lodo está ocorrendo corretamente (vazão, funcionamento da bomba, ponte raspadora). O lodo biológico pode estar volumoso, sendo necessário realizar um ajuste dos nutrientes. Pode ser carga de choque (substâncias tóxicas).

No caso de cal hidratada, verificar a origem e tipo de cal usada, optando por cal calcítica. No caso do coagulante, verificar densidade e aspecto, entrar em contato com o fornecedor e informar a dificuldade. No caso de floculante (polímero) primeiro verificar se a preparação está adequada. Pode ser necessário trocar o tipo de carga do polímero (aniônico, catiônico ou não iônico) devido a mudança de carga do efluente, sendo necessário contatar o fornecedor para realização de testes.

Remover principalmente substâncias orgânicas dissolvidas (sólidos dissolvidos).

Podem ser utilizados aeradores mecânicos e o conjunto soprador com difusores de ar. É preciso avaliar as dimensões e formato do tanque de aeração, custos com energia e manutenção para então definir qual a melhor escolha a ser feita.

O oxigênio dissolvido deve estar na faixa de 2 a 4 mg O2/L, nunca inferior a 2 mg O2/L. O oxigênio dissolvido acima de 4 mg O2/L implica em consumo de energia desnecessária. Abaixo de 2 mg/L causa distúrbios no sistema microbiológico baixando a eficiência desse processo.

A espuma branca indica uma desestabilização do sistema de lodos ativados. É possível que tenha ocorrido ou choque de carga, com entrada de carga muito elevada ou alguma substância nova, ou falta de oxigênio dissolvido.

Para realizar o reuso, algumas características do efluente industrial tratado precisam estar adequadas para que não ocorram surpresas desagradáveis no momento do bombeamento, utilização do efluente reuso em temperaturas elevadas, propriedades que afetam a qualidade do produto final. É preciso avaliar o efluente de reuso bem como a atividade para o qual ele será aplicado e as legislações disponíveis.

Primeiro é preciso avaliar o equipamento utilizado, se as partes do mesmo (Lonas, rolamentos, bombas,...) estão operando bem e se foram trocados conforme indicação do fabricante. Algumas vezes é preciso realizar o condicionamento do lodo com cal para auxiliar no desague. Em outros momentos é preciso trocar o equipamento, alguma peça ou agregar algum outro equipamento.

Os resíduos devem ser sempre destinados para empresas licenciadas. Podemos auxiliá-lo a escolher a empresa para destino, ou ainda realizar algum aproveitamento interno. Sempre tentamos indicar empresas que reprocessam o resíduo ao invés de encaminhá-lo diretamente para aterros industriais.